terça-feira, outubro 01, 2013

Open Road



Confesso que gosto de acelerar um bocadinho. Gosto de conduzir. Gosto de sentir um bom carro controlado debaixo das minhas mãos. Gosto da adrenalina proporcionada pela atenção redobrada (e necessária).

Mas, naquele dia, sozinha, o caminho de sempre foi percorrido de forma diferente. Não me preocupei em chegar, apenas em ir. Não me importei com quem ultrapassava, nem em ultrapassar. Deixei-me ficar na faixa da direita a uma velocidade constante. E permiti à minha mente relaxar. 

Depois de dias a uma velocidade alucinante, stress e a querer encaixar tudo em 24 horas, deixei todas as energias fluírem juntamente com a estrada. Já nem o rádio ouvia.

Dei por mim a apreciar aqueles kilometros de estrada. Finalmente, entendi o que significa "conduzir sem destino". Naquele momento seria capaz de continuar e continuar... Sentia que tinha uma estrada infinita à minha frente.

À medida que ia avançando, toda a ansiedade, toda a energia negativa acumulada, ia ficando para trás.

Mais um metro... 

Mais um curva...

Mais uma subida...

E, com isto tudo, o que era passado ia ficando no passado; à minha frente só havia futuro!


Há muitos anos, ensinaram-me esta técnica que eu considero genial:

Peguem na música que vêem aqui em baixo. Ponham o volume alto (cuidado com os vizinhos ou quem esteja com vocês). E, quando chegar a parte do refrão Scream, untill you loose your breath, cantem em plenos pulmões! Façam exactamente o que diz a música - gritem até perderem o fôlego! No final vão sentir-se exaustos, mas o peso que tinham em cima dos ombros também se foi.

Termino, desejando-vos uma semana muito relaxada!