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Há uns dias, vi o filme "As Palavras", no original "The Words".
Este filme conta a história de um escritor que alcançou um enorme sucesso com o seu primeiro livro, ascendendo rapidamente ao estrelato. Porém, o livro, as palavras que lhe trouxeram glória não são da sua autoria...
The Words leva-nos a reflectir sobre o poder das palavras: o efeito de catarse, de expiação e o amor que podemos sentir por elas.
Uma das personagens, a dada altura, diz que "ele nunca mais foi capaz de escrever uma única palavra. Talvez por medo de voltar a ir tão fundo outra vez".
O que escrevemos ou dizemos têm essa capacidade: permite-nos exprimir, mas também de mergulhar dentro de nós e revelar o que está preso na alma. O filme fala sobre as consequências da apropriação das palavras alheias, do sentimento de roubo, mas também do procurar libertação e pedir perdão.
Todo o filme gira em volta das palavras: do seu efeito mais belo, mas também do seu lado negro e perverso. Sim, as palavras também podem ter um efeito perverso. Quem nunca disse algo, a quente, e depois se arrependeu? Quem já viu as suas palavras descontextualizadas? E quem não se lembra da polémica em torno de Miguel Sousa Tavares ter chamado "palhaço" ao Presidente da República? O próprio jornalista/escritor reconheceu a força que as palavras podem ter.
Sinceramente, aconselho o filme!